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Transparência

Em 2018, IBGE divulga Censo Agro e prepara Censo Demográfico

Editoria: IBGE | Adriana Saraiva | Arte: Simone Mello

28/12/2018 14h45 | Atualizado em 24/01/2019 11h12

A divulgação dos primeiros resultados do Censo Agropecuário 2017, que mostrou um retrato atualizado do campo, foi um dos destaques de 2018. O ano foi marcado por avanços na consolidação dos sistemas Estatístico e Geocientífico nacionais, na qualidade de gestão, nas relações institucionais e no investimento em comunicação, o que ampliou o acesso e o uso dos produtos do IBGE. No ano, foi destaque, também, a preparação do Censo Demográfico 2020.     

Os primeiros resultados do Censo Agro foram divulgados no dia 26 de julho e mostraram o aumento da mecanização e consequente redução da mão de obra no campo. Houve queda de 1,5 milhão de pessoas nas atividades agropecuárias, em relação ao Censo 2006. Com isso, a média de ocupados por estabelecimento caiu de 3,2 pessoas para 3 pessoas. Em sentido oposto, o número de tratores cresceu 49,7% no período e chegou a 1,22 milhão de unidades. Em dezembro, foi lançado o caderno temático Geografias da Agropecuária Brasileira, um conjunto de 151 mapas e 135 gráficos, que propõe uma análise geográfica dos primeiros resultados do Censo Agropecuário, e está disponível no Atlas Nacional.

Na busca por realizar um Censo mais democrático, o Instituto abriu consulta pública na internet, onde as pessoas apresentaram sugestões de temas para o questionário do Censo Demográfico 2020. Foi a primeira vez que o Instituto fez uma consulta pública nesse formato, tendo recebido 3.198 contribuições, entre fevereiro e maio. O IBGE realizou, também em maio, o primeiro teste de coleta pela internet para o Censo 2020. O ensaio ocorreu em 52 municípios do país, espalhados pelas cinco grandes regiões, incluindo parte dos domicílios de todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes, além de Curitibanos (SC), Cravinhos (SP) e Baturité (CE).

A primeira reunião da Comissão Consultiva do Censo foi realizada, em junho, com o objetivo de apresentar o questionário, os aspectos técnicos e metodológicos e o programa de trabalho da Comissão no período de 2018-2021. A comissão é constituída por pessoas que, por seu notório saber nas Estatísticas, Demografia, Geografia, Sociologia e Economia dão contribuições para a realização da maior pesquisa de informações sociodemográficas do país. Já em novembro, representantes dos setores público e privado e da sociedade civil reuniram-se com pesquisadores do IBGE, no Rio de Janeiro, para conhecer os preparativos para o Censo Demográfico 2020.

A Comissão Consultiva do Censo Demográfico 2020 reúne pessoas com notório saber nas áreas das Estatísticas, Demografia, Geografia, Sociologia e Economia (Crédito: Álvaro Vasconcellos)

Na área de pesquisas, mil agentes do IBGE, espalhados por 1.900 municípios do país, encerraram, em maio, a coleta da Pesquisa de Orçamentos Familiares, que visitou cerca de 75 mil domicílios para investigar quanto ganham e quanto gastam os brasileiros. A divulgação da pesquisa está prevista para 2019.

As divulgações do IPCA, IPCA-15 e INPC passaram, a partir de junho, a ter resultados para os municípios de Aracaju (SE), Rio Branco (AC) e São Luís (MA). Com isso, o Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) atingiu a cobertura de um total de 16 locais, aumentando a representatividade do Norte e Nordeste no cálculo da inflação do país.

Na área de Geociências, em março, o IBGE entrou em campo para atualizar o mapeamento dos biomas brasileiros: Amazônia,  Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal. O projeto visa à criação de um mapa dos biomas na escala cartográfica de 1:250.000 (1cm = 2,5 km).

Foi lançado, em dezembro, o portal BDiA Web, que permite a visualização e consulta de dados e mapas do Banco de Informações Ambientais (BDiA) do IBGE sobre os temas vegetação, pedologia (solos), geologia e geomorfologia. A plataforma facilita a busca de informações coletadas em pesquisas de campo ao longo dos últimos 20 anos.

Com a inclusão da farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul (AC), do guaraná de Maués (AM), do queijo de Colônia Witmarsum (PR), das amêndoas de cacau da região do sul da Bahia e do socol de Venda Nova do Imigrante (ES), o Mapa das Indicações Geográficas do Brasil, divulgado em outubro, passou a contar com 58 certificações. O projeto é fruto de uma parceria do IBGE com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

O presidente do IBGE, Roberto Olinto Ramos, representou o Instituto na 49ª sessão da Comissão Estatística das Nações Unidas (UNSC), realizada em março, em Nova York (EUA), com o tema “Melhores dados, melhores vidas”. Além do presidente, a delegação foi formada pelo diretor de Pesquisas, Claudio Crespo, pelo diretor de Geociências, João Bosco de Azevedo, e pelo assessor de Relações Internacionais, Roberto Sant’Anna.

O IBGE recebeu, também no mês de março, o Grupo de Trabalho de Estatísticas sobre Trabalho Forçado promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Foram três dias de discussões no Rio de Janeiro sobre metodologia para a produção de indicadores relativos ao tema, envolvendo pesquisadores de 23 países.

Em junho, foram assinados acordos de cooperação técnica com os institutos de estatística do México (Inegi) e da União Europeia (Eurostat). A formalização dos pactos foi feita entre a 66ª Sessão Plenária da Conferência dos Estatísticos Europeus (CES) e 15ª Sessão do Comitê de Estatísticas e Políticas Estatísticas da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (CSSP-OCDE). Essas parcerias fazem parte da política de inserção internacional do IBGE.

Roberto Olinto Ramos (dir.), presidente do IBGE, e Julio Santaella, presidente do Inegi, assinam acordo de cooperação técnica (Crédito: OCDE)

O III Encontro de Produtores de Informação Visando à Agenda 2030 reuniu cerca de 300 técnicos de instituições do governo federal a fim de avançar na elaboração dos indicadores globais para acompanhar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil. O evento, organizado pelo IBGE em parceria com a Secretaria de Governo, ocorreu em abril, na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em Brasília (DF).

Foi lançada, durante o encontro, a Plataforma Digital dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Plataforma ODS). Nela está o primeiro conjunto de indicadores globais do Brasil para o acompanhamento desses objetivos, com fichas metodológicas, tabelas, gráficos e mapas. A plataforma apresenta, também, uma seção com notícias, entrevistas, reportagens e conteúdos audiovisuais sobre a temática, além de um calendário de eventos.

Priscilla Rosa Pimentel, Henrique Villa, Roberto Olinto, José Antônio Marcondes e Francisco Gaetani na mesa de abertura do Encontro de Produtores de Informação Visando à Agenda 2030 (Crédito: Agência IBGE Notícias)

Representando a aproximação do IBGE com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, foi organizada, em abril, a exposição “O IBGE mais perto de você”, no Salão Negro do Congresso Nacional, em Brasília (DF). Estudantes e parlamentares andaram sobre o mapa interativo de Cobertura e uso da terra representando os 8,5 milhões de km² do território brasileiros. A exposição tinha, também, totens para navegação nas ferramentas digitais do instituto.

O portal IBGE Educa, que produz conteúdo para crianças, jovens e professores,  entrou no ar em abril. São três áreas adaptadas a cada um destes públicos, com as principais informações sobre os aspectos sociais, econômicos, culturais e territoriais da população brasileira. Os estudantes, desde a alfabetização até o ensino superior, podem encontrar no portal IBGE Educa uma fonte para suas pesquisas e para se atualizarem sobre nosso país, seu território e população.

O Programa de Pós-graduação da Escola Nacional de Estatísticas/IBGE completou 20 anos. Criado em 1998 com o Mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais, o Programa ampliou sua atuação nessa década, com a reformulação do curso e com o início do doutorado em 2015. Com isso, a partir de 2014 o Programa mudou de denominação para Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas. Até o momento já foram defendidas 353 dissertações de mestrado e 2 teses de doutorado.A ENCE promoveu no dia 26 de novembro o Seminário “20 anos do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu da ENCE/IBGE”.

Com o intuito de ampliar e divulgar sua participação no cenário global, o IBGE lançou, em abril, a primeira edição da Revista Relações Internacionais em Notícias, em formato digital. Em maio, o Instituto lançou um novo canal de comunicação que traduz as informações estatísticas e de geociências para os ouvintes de rádio. O Minuto IBGE apresenta os dados do IBGE contextualizados na vida dos brasileiros, como mais uma forma de aproximar o Instituto dos cidadãos. A estreia do Minuto IBGE ocorreu na semana das comemorações de 82 anos do IBGE e de um ano da Agência IBGE Notícias e da Revista Retratos. O ano foi marcado, também, pelo crescimento dos seguidores das mídias sociais do IBGE.