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Produção industrial

São Paulo puxa queda da indústria em agosto

Editoria: Estatísticas Econômicas | Rodrigo Paradella | Arte: Helena Pontes

09/10/2018 09h00 | Atualizado em 06/11/2018 13h43

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A queda de 0,9% da produção industrial em São Paulo foi a principal influência para a baixa de 0,3% no setor entre julho e agosto deste ano, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-PF Regional), divulgada hoje pelo IBGE. Na comparação com agosto de 2017, entretanto, o estado cresceu 0,7%.

“São Paulo foi a maior influência negativa em agosto devido ao cenário de incerteza política, com isso deixando as expectativas um pouco mais cautelosas. Isso faz com que as tomadas de decisões e investimentos se retraiam. São Paulo é o nosso maior parque industrial e teve sua segunda taxa negativa mensal consecutiva”, explica Bernardo Almeida, analista da pesquisa.

“O Amazonas foi o segundo mais influente nesta queda nacional. Isso se deu principalmente por uma queda na produção de derivados de petróleo”, completou o técnico em relação à baixa de 5,3% da produção amazonense. Na comparação com agosto de 2017, a queda foi ainda maior: 6,7%.

#PraCegoVer Gráfico do volume da produção industrial mês contra mês anterior com ajuste sazonal - agosto 2018

A Região Nordeste, por outro lado, registrou alta de 1,5% em agosto e teve crescimento disseminado nos três estados presentes na pesquisa: Bahia (2,7%), Pernambuco (2,6%) e Ceará (1,5%).  Na comparação com 2017, a região cresceu 3,6%.

“Os três estados que pesquisamos do Nordeste conseguiram se manter acima da variação nacional, na passagem de julho para agosto. Cada um por um motivo. A Bahia, sofreu influência de veículos automotores, reboques e carrocerias. Pernambuco sofreu influência de produtos alimentícios. No Ceará, a influência positiva veio dos artefatos de couro”, explicou Bernardo.

No total, em agosto, nove das quinze áreas pesquisadas tiveram variações positivas na produção industrial: Mato Grosso (3,0%), Bahia (2,7%), Pernambuco (2,6%), Ceará (1,5%), Nordeste (1,5%), Rio Grande do Sul (0,8%), Paraná (0,7%), Minas Gerais (0,5%) e Goiás (0,2%). Por outro lado, caíram Rio de Janeiro (-0,3%), Santa Catarina (-0,7%), São Paulo (-0,9%), Espírito Santo (-0,9%), Pará (-1,1%) e Amazonas (-5,3%).

No acumulado em 2018, o destaque positivo fica com o Amazonas (10,9%) e o Pará (9,2%), enquanto Ceará (-0,1%), Minas Gerais (-1,3%), Espírito Santo (-3,4%) e Goiás (-3,6%) registraram as únicas quedas no período.