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Transparência

IBGE passa a medir variação de preços em Aracaju, Rio Branco e São Luís

Editoria: Estatísticas Econômicas | Eduardo Peret

06/06/2018 09h00 | Atualizado em 06/06/2018 14h26

A partir deste mês, as divulgações do IPCA, IPCA-15 e INPC passam a ter resultados para os municípios de Aracaju (SE), Rio Branco (AC) e São Luís (MA). Com isso, o Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) atinge a cobertura de um total de 16 locais, aumentando a representatividade do Norte e Nordeste no cálculo da inflação do país.

Além das novas áreas, a cesta de itens e subitens dos índices de preços será ampliada. “Serão mais dez subitens, contemplando especialmente os peixes típicos do Norte e Nordeste”, informa o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves. Entre os novos subitens, estão o sururu (molusco semelhante ao mexilhão) em Aracaju, e os peixes curimatã e tambaqui, ambos em São Luís e Rio Branco.

Segundo Fernando, a entrada dos novos locais e subitens não vai afetar a comparabilidade: “Os três novos municípios de capital vêm se juntar aos outros três e às dez regiões metropolitanas que já eram pesquisadas, para a compor a amostra a partir de maio de 2018 (divulgada em junho). A partir daí, serão feitas as coletas regulares, com ponderações que reduzirão a participação relativa das áreas mais antigas, a fim de gerar um indicador mais preciso e representativo do Brasil. Não há revisão da série histórica, porque os índices de preços são indexadores de contratos”.

 

A entrada dos novos locais está inserida num processo gradativo de expansão da área do SNIPC. “O objetivo é, no futuro, abranger o Brasil inteiro. O ingresso dos novos locais é feito de forma gradativa, mediante estudos e testes”, informa o coordenador de Índices de Preços, Gustavo Vitti: “temos a perspectiva de também incluir, em breve, Cuiabá, em Mato Grosso”.

A diretora adjunta de pesquisas do IBGE, Andrea Guimarães, explica o contexto da escolha das novas áreas: “elas vêm reforçar a representatividade do Norte e Nordeste nos índices nacionais de preços. A grande demanda do trabalho de coleta diária de preços exige que haja uma equipe grande e bem treinada”. Essa também é uma oportunidade de captar as diferenças entre as cestas de consumo das novas regiões. “Por exemplo, em Belém a população tem mais hábito de almoçar em casa, enquanto no Rio de Janeiro é mais comum o almoço fora de casa. São estruturas de consumo diferentes e cada uma dessas regiões poderá ver como o custo de vida está variando de acordo com a sua própria cesta de produtos”, finaliza Andrea.

O IPCA e INPC serão divulgados no dia 8 de junho, e o IPCA-15, em 21 de junho.