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Comércio

Vendas no varejo desaceleram no primeiro trimestre do ano

Editoria: Estatísticas Econômicas | Adriana Saraiva | Arte: Marcelo Barroso

11/05/2018 09h00 | Atualizado em 11/05/2018 09h00

As vendas no comércio varejista cresceram 3,8% no primeiro trimestre de 2018, a quarta alta consecutiva, porém em um ritmo mais lento do que nos últimos três trimestres. As informações são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada hoje pelo IBGE, que mostrou aumento nas vendas de 0,3%, na comparação entre março e fevereiro, e de 6,5%, em relação a março de 2017.

A redução das vendas no primeiro trimestre deste ano foi observada na maioria das atividades, com destaques para Móveis e eletrodomésticos (de 11,3% para 1,7%) e Tecidos, vestuário e calçados (de 6,9% para -1,6%). Segundo a gerente da pesquisa, Isabella Nunes Pereira, ajudam a explicar essa situação o grande número de desempregados, que segundo a Pnad Contínua de março, chegava a 13,7 milhões de pessoas, e a redução dos empregos com carteira assinada. “Os empregos formais preservam ao trabalhador o acesso ao financiamento, ou seja, o acesso ao crédito para a compra de móveis e eletrodomésticos”, explicou.

#praCegoVer Gráfico do volume de vendas trimestral comparando o setor de tecidos, vestuário e calçados com o varejista

Tiveram crescimento Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (de 4,4% para 5,7%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 3,0% para 10,9%). Isabella disse que o efeito calendário atuou para a alta desses segmentos. “No ano de 2018, o feriado da Páscoa, com impactos positivos particularmente nas vendas desses setores, ocorreu em março, enquanto no ano de 2017 a comemoração ocorreu em abril”, afirmou.

O efeito calendário também influenciou o resultado de março (6,5%), na comparação com março de 2017, décima segunda taxa positiva seguida, e maior alta desde abril de 2014 (6,7%). Esse desempenho positivo foi impulsionado por três das oito atividades que compõem o varejo: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (12,3%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,8%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,0%).

Pressionaram negativamente a formação da taxa global de março de 2018, Combustíveis e lubrificantes (-4,8%); Móveis e eletrodomésticos (-3,3%); Tecidos, vestuário e calçados (-0,7%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,6%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-12,6%).