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Após quatro meses de alta, Indústria cai pressionada por veículos

Editoria: Estatísticas Econômicas | Adriana Saraiva | Arte: Helena Pontes

06/03/2018 09h00 | Atualizado em 10/04/2018 08h50

Depois de crescer quatro meses consecutivos, entre setembro e dezembro de 2017, a produção industrial caiu 2,4% em janeiro. A queda, verificada pela Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Brasil, divulgada hoje pelo IBGE, foi a mais intensa desde fevereiro de 2016 (-2,5%). Na comparação com janeiro de 2017, no entanto, o resultado mostrou alta de 5,7%. E a taxa acumulada em 12 meses (2,8%) também apresentou o melhor resultado desde junho de 2011 (3,6%).

A queda da indústria foi generalizada, alcançando 19 dos 24 ramos industriais pesquisados. Mas a principal influência negativa veio da indústria de automóveis, que recuou 7,6%, depois de ter crescido 9,1% em dezembro. Também contribuíram para a baixa da Indústria, em janeiro, metalurgia (-4,1%), produtos de borracha e de material plástico (-5,4%) e produtos alimentícios (-1,1%), entre outros setores.

Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, o setor de veículos automotores foi decisivo tanto para o crescimento da Indústria em dezembro quanto para a queda agora em janeiro. “A indústria automobilística tem um forte efeito de encadeamento e afeta diversos ramos que produzem componentes utilizados nos automóveis”, explica. 

Na comparação anual, o crescimento frente a janeiro de 2017 (5,7%) foi verificado em 20 dos 26 ramos industriais. Veículos automotores, reboques e carrocerias (27,4%) também exerceram a maior influência positiva na formação da média da Indústria nessa comparação.

André Macedo ressalta que o resultado de janeiro não pode ser considerado isoladamente, pois está influenciado pela produção mais forte de dezembro. “O setor industrial continua apresentando características de recuperação de perdas do passado, mas uma recuperação gradual”, resume.