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Estimativa da safra cai em relação a 2017, mas é segunda maior da história

Editoria: Estatísticas Econômicas | Marcelo Benedicto | Arte: Valberto Alves

08/02/2018 09h00 | Atualizado em 09/03/2018 08h22

A primeira estimativa de 2018 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou uma redução de 6,0% em relação ao ano anterior - passando de 240,6 milhões de toneladas em 2017 para 226,1 milhões em 2018. Apesar da queda, a estimativa é a segunda maior da série histórica iniciada em 1975. As informações fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), referente ao mês de janeiro, divulgado hoje pelo IBGE.

Segundo o gerente de Agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, a boa safra de 2017 teve a ajuda da chuva, que foi abundante e bem distribuída ao longo do cultivo. Já o plantio da safra 2018 começou um pouco mais tarde em função do atraso do período de chuvas. “Os plantios hoje são encadeados, ou seja, logo após a colheita da soja, já se inicia o plantio da segunda safra do milho. Como teve atraso na soja, isso pode influenciar o plantio do milho”, explica.

Ainda de acordo com o pesquisador, além da questão climática, também é importante considerar o fator econômico. “Em 2017, na época do plantio, os preços do milho, por exemplo, estavam altos. Isso não ocorreu neste ano, fazendo com que os produtores reduzissem a área de cultivo do cereal”.

Em termos regionais, houve redução na safra de feijão no Paraná, em função do excesso de chuva que prejudicou a colheita. Piauí, Maranhão e Tocantins, considerados como novas fronteiras agrícolas, tiveram crescimento da área cultivada e melhoria no rendimento da soja e do milho.