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Inflação de janeiro é a menor para o mês desde a criação do Plano Real

Editoria: Estatísticas Econômicas | Pedro Renaux | Arte: Helga Szpiz

08/02/2018 09h00 | Atualizado em 09/04/2018 13h32

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, variou 0,29% em janeiro, na comparação com dezembro do ano passado, o menor resultado para o mês desde a criação do Plano Real. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada ficou em 2,86%.

Dos nove grupos que compõem o índice, apenas Vestuário e Habitação tiveram quedas nos preços, de -0,98% e -0,85%, respectivamente. No Vestuário, houve baixas nos calçados (-0,98%), roupa masculina (-1,12%), roupa feminina (-0,93%) e roupa infantil (-1,14%). Segundo o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, “esse resultado pode ser explicado por algumas promoções que aconteceram para realinhar os preços após a alta durante o final do ano passado”.

A conta de energia elétrica, que ficou 4,73% mais barata, foi o item que mais contribuiu para a baixa do grupo Habitação, por causa do fim da cobrança adicional de R$ 0,03 por cada kwh consumido, referente à bandeira tarifária vermelha patamar 1 que vigorava em dezembro.

Transportes e alimentação sobem de preço

Transportes foi o grupo que teve a maior alta, de 1,10%, pressionado pelos combustíveis (2,58%), em especial a gasolina (2,44%) e o etanol (3,55%), e pelos reajustes nas tarifas de ônibus urbanos (São Paulo, Salvador, Goiânia e Vitória) e ônibus intermunicipais (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador e Campo Grande).

Apesar da alta, Transportes reduziu sua alta em relação ao mês anterior, influenciado, principalmente, pela queda de 1,35% no preço das passagens aéreas e de 0,74% no conserto de automóveis. De acordo com Fernando, “o preço das passagens aéreas cai em janeiro desde 2014 para o índice nacional, com a ressalva de que Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador e Curitiba apresentaram altas [em 2018]”.

Alimentação e bebidas também tiveram alta nos preços (0,74%). A alimentação para consumo no domicílio avançou de 0,42% para 1,12% e a consumida fora de casa desacelerou de 0,74% para 0,06%. Entre os itens, destaque para o tomate, com alta de 45,71%, e a batata-inglesa, que registrou 10,85%. “Em novembro, a colheita do tomate foi antecipada por questões climáticas. Com isso, em janeiro houve redução da oferta e, consequentemente, alta nos preços”, conclui o gerente da pesquisa.