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Petróleo influencia alta dos preços aos produtores

04/01/2018 09h00 | Atualizado em 08/02/2018 08h00

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado hoje pelo IBGE, subiu 1,43% na passagem de outubro para novembro de 2017. Apesar de a variação positiva ter sido observada em 20 das 24 atividades pesquisadas, apenas sete apresentaram aumentos acima da média nacional: refino de petróleo e produtos de álcool (5,91%), metalurgia (3,08%), outros produtos químicos (2,63%), Fumo (1,52%), outros transportes (1,80%), informática (1,71%) e papel e celulose (1,65%).

“Apesar de a variação espalhada, poucos setores realmente puxaram esse aumento. Houve uma concentração muito grande, principalmente, em atividades que estão entre as mais importantes em termos de peso. Refino de petróleo e produtos de álcool, metalurgia e outros produtos químicos têm, juntos, cerca de 30% do peso do IPP”, destaca o gerente de Análise e Metodologia do IBGE, Alexandre Brandão.

Para Brandão, a variação do IPP não foi ainda maior devido ao aumento pouco expressivo do setor de alimentos (0,39%): “O setor de Alimentos é o maior da pesquisa, quase 20% de peso. Então, o fato dele estar com o aumento pequeno, ainda está segurando o índice ainda para baixo”.

Junto com refino de petróleo e produtos de álcool, metalurgia e outros produtos químicos, as indústrias extrativas completam as principais influências do IPP de novembro, porém ao contrário das demais, essa atividade puxou o índice para baixo (-3,20%). Para Brandão, é importante observar que, apesar da variação negativa dentro das indústrias extrativas, apenas o preço do minério de ferro diminuiu.

“Os outros produtos aumentaram os preços, particularmente, óleos brutos de petróleo. E isso tem um efeito em cascata muito grande: sobe petróleo, sobe também os seus derivados e ainda sobem também produtos químicos que também usam petróleo, principalmente a nafta”, comenta.

O IPP mede a variação dos preços da indústria geral (extrativas e de transformação) sem impostos e fretes. O indicador acumulado no ano (novembro de 2017 contra dezembro de 2016) atingiu 3,73%. Na comparação entre os novembros de 2016 e 2017, a variação foi de 5,07%. 

Texto: Mônica Marli
Arte: Helena Pontes
Imagem: Agência Petrobras/Geraldo Falcão