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IPP acelera pressionado por derivados de petróleo e biocombustíveis

26/10/2017 09h00 | Atualizado em 26/10/2017 09h59

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação dos preços da indústria, sem impostos e fretes, acelerou de 0,29%, em agosto, para 1,50%, em setembro. Esse é o maior resultado da pesquisa desde outubro de 2015 (1,77%). O IPP, divulgado hoje pelo IBGE, acumulou 0,48%, no ano, e 2,68%, nos últimos 12 meses.

As maiores influências para a alta no índice decorreram dos aumentos de 4,47% nos preços dos derivados de petróleo e produtos de álcool (biocombustíveis), de 14,05% na indústria extrativa, de 2,35% em outros produtos químicos e de 1,87% em metalurgia. A alta se repetiu na maioria dos setores, estando presente em 19 das 24 atividades pesquisadas. Por outro lado, alimentos, que têm a maior participação na Indústria, mostrou queda de 0,19%, oitava variação negativa no ano. A única taxa positiva do setor no ano ocorreu em maio (0,40%).

O crescimento de dois meses consecutivos nos derivados de petróleo e combustíveis (11,24%, em agosto, e de 4,47%, em setembro), na comparação com o mês anterior, inverteu a tendência de queda apresentada ao longo de 2017. Com isso, a atividade passou a registrar o maior resultado no acumulado no ano (7,72%). Nas indústrias extrativas, a alta passou de 6,21%, em agosto, para 14,05%, em setembro.

Segundo o gerente de Análise e Metodologia do IBGE, Alexandre Brandão, os resultados desses setores refletiram, principalmente, o comportamento de alta do preço do petróleo no mercado mundial: “A oferta do petróleo no mundo caiu em razão da política da OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo) de controle da oferta do produto. O furacão Irma, que atingiu o sul dos Estados Unidos, em setembro, também contribuiu para a redução da oferta e aumento do preço”, explicou o gerente.

Texto: Adriana Saraiva
Arte: Helena Pontes
Foto: Agência Petrobras