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Gás de botijão impulsiona prévia da inflação em outubro

20/10/2017 09h00 | Atualizado em 20/10/2017 11h18

Com três reajustes, o preço do gás de botijão (alta de 5,72%) foi um dos principais responsáveis pela aceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de outubro, divulgado hoje pelo IBGE, que ficou em 0,34% neste mês, acima da taxa registrada em setembro (0,11%). O acumulado no ano está em 2,25%, enquanto o dos últimos 12 meses foi de 2,71%.

O gás de botijão foi o item que mais impactou individualmente o IPCA-15 de outubro, com 0,07 ponto percentual. O aumento de 5,72% foi o maior registrado para o produto desde outubro de 2015. Enquanto isso, o grupo Habitação, do qual faz parte, teve alta de 0,66% e impactou o índice total com 0,10 ponto percentual.

#PraCegoVer gráfico IPCA15 com destaque para o mês de outubro com 5,72% e imagem de botijão de gás no fundo do gráfico

No geral, a influência do setor só foi menor que a de Transportes (impacto de 0,11 ponto percentual), afetado também pelos reajustes nos combustíveis: a gasolina teve alta de 1,45% entre setembro e outubro, mesmo com a leve desaceleração em relação período anterior, quando a taxa foi de 3,76%. Pesou ainda o aumento de 7,35% nas passagens aéreas.

O grupo dos Alimentos, por sua vez, registrou nova queda em outubro (-0,15%), ainda que menor que a de -0,94% de setembro. Contribuíram para a baixa nos preços o alho (-9,88%), o feijão-carioca (-5,95%), o açúcar cristal (-3,63%) e o leite longa vida (-3,52%). Enquanto isso, carnes (0,54%) e frutas (1,40%) tiveram alta no período.

Nos índices regionais, a região metropolitana de Curitiba teve a maior alta nos preços (0,66%), seguido de perto por Salvador (0,64%). Por outro lado, as quedas mais intensas ocorreram na regiões metropolitanas de Rio de Janeiro (-0,08%) e Recife (-0,07%).

O IPCA-15 é um indicador, calculado pelo IBGE, que mede a inflação entre a segunda metade de um mês e a primeira quinzena do mês de referência. Engloba as famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

Texto: Rodrigo Paradella 
Imagem: Flickr
Gráfico: J.C. Rodrigues