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Combustíveis impulsionam inflação em setembro

06/10/2017 09h00 | Atualizado em 06/10/2017 17h01

Com alta de 1,91% em setembro, frente ao mês anterior, os combustíveis foram os itens que mais contribuíram para a variação de 0,16% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje pelo IBGE. O litro da gasolina ficou, em média, 2,22% mais caro em relação a agosto. Essa alta foi influenciada pela política de reajuste de preços dos combustíveis dos últimos meses. No acumulado no ano, o IPCA registrou 1,78%, e, nos últimos 12 meses, 2,54%.

Dos nove grupos de produtos contemplados pelo IPCA, apenas Alimentação e bebidas (-0,41) e Habitação (-0,02) apresentaram quedas nos preços. O gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, explica o que levou a esses resultados: “A safra do primeiro semestre foi o aspecto determinante para a diminuição no valor dos alimentos. Já em relação à habitação, a retração pode ser atribuída, principalmente, à mudança da bandeira tarifária de energia elétrica em setembro, que reduziu a cobrança do quilowatt-hora dos domicílios em um centavo”.

INPC tem sua menor taxa desde 1998

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também divulgado hoje, registrou -0,02%, menor variação para o mês de setembro desde 1998, quando registrou -0,31%. Também as variações acumuladas no ano e em 12 meses tiveram baixas recordes: são as menores para um mês de setembro desde a implantação do Plano Real. O INPC reflete os produtos com mais peso no orçamento das famílias que ganham de um a cinco salários mínimos, enquanto o IPCA refere-se às famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos.

O INPC e o IPCA são calculados pelo IBGE desde, respectivamente 1979 e 1980. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto a 27 de setembro (referência) com os preços vigentes no período de 1º de agosto a 29 de agosto de 2017 (base).

Ambas as pesquisas são feitas nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Vitória e Porto Alegre, Brasília e municípios de Goiânia e Campo Grande.

Texto: João Neto e Pedro Renaux
Imagem: Pixabay
Gráfico: Marcelo Barroso