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PNAD Contínua: taxa de desocupação cai em 11 das 27 UFs no 2º trimestre de 2017

17/08/2017 09h00 | Atualizado em 17/08/2017 16h04

 No 2º trimestre de 2017, a taxa de desocupação, no Brasil, foi estimada em 13,0%, com retração em todas as grandes regiões, exceto Nordeste (estabilidade), com destaque para a região Norte (de 14,2% para 12,5%) e Centro-Oeste (de 12,0% para 10,6%). As outras taxas foram: Nordeste (de 16,3% para 15,8%), Sudeste (de 14,2% para 13,6%) e Sul (de 9,3% para 8,4%). Pernambuco (18,8%) e Alagoas (17,8%) registraram as maiores taxas de desocupação no 2º trimestre 2017 frente ao trimestre anterior, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Em Pernambuco, a taxa passou de 17,1% para 18,8%; e em Alagoas, de 17,5% para 17,8%, nessa comparação. As menores taxas de desocupação foram registradas em Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%). Para o total do país, a taxa caiu de 13,7% para 13,0%, nesse mesmo período.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 24,1%, no 1º trimestre para 23,8% no 2º trimestre de 2017, com a maior taxa verificada no Nordeste (34,9%) e a menor na região Sul (14,7%). Piauí (38,6%), Bahia (37,9%) e Maranhão (37,7%) são as Unidades da Federação que apresentam as maiores taxas compostas de subutilização da força de trabalho. E os estados onde são observadas as menores taxas são Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (13,5%)
e Paraná (15,9%).

As taxas de desocupação dos grupos de pessoas de 14 a 17 anos de idade (43,0%) e de 18 a 24 anos (27,3%) apresentaram patamar superior ao estimado para a taxa média total. Desagregada por cor ou raça, a taxa de desocupação mostrou que entre as pessoas que se declararam brancas (10,3%) ficou abaixo da média nacional, porém entre pretos (15,8%) e pardos (15,1%) ficou 3,8 e 3,1 pontos percentuais acima, respectivamente.

A população ocupada, no 2º trimestre de 2017, estimada em 90,2 milhões de pessoas, era integrada por 68,0% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4,6% de empregadores, 24,9% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,4% de trabalhadores familiares auxiliares. Nas regiões Norte (31,8%) e Nordeste (29,8%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado nas demais regiões.

No 2º trimestre de 2017, 75,8% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As regiões Nordeste (60,8%) e Norte (59,0%) apresentaram as menores estimativas desse indicador. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 30,6% deles tinham carteira de trabalho assinada. No mesmo trimestre de 2016, essa proporção havia sido de 33,2%.

Tanto o rendimento médio real (R$ 2.104) de todos os trabalhos quanto a massa de rendimento médio real (R$ 185,1 bilhões) ficaram estáveis no 2º trimestre de 2017.

Clique aqui para acessar a publicação completa da pesquisa.

 

Nordeste apresenta maior taxa de desocupação (15,8%) e Sul a menor (8,4%)

A taxa de desocupação, no Brasil, no 2º trimestre de 2017, foi estimada em 13,0%. Este indicador apresentou queda de 0,7 pp em relação ao trimestre anterior (13,7%). Quando comparada com o 2º trimestre de 2016 (11,3%), a taxa aumentou 1,7 ponto percentual.

A região Nordeste permaneceu apresentando as maiores taxas de desocupação ao longo da série histórica (início em 2012), e no 2º trimestre de 2017 foi de 15,8%; enquanto a região Sul teve a menor, 8,4%.

Todas as grandes regiões, exceto Nordeste (estabilidade), apresentaram queda no indicador frente ao trimestre anterior. Entretanto, destacam-se as regiões Norte e Centro-Oeste, com queda na taxa de 1,7 pp e 1,4 pp respectivamente. Na comparação anual, as regiões Nordeste e Sudeste registraram as maiores elevações com aumentos de 2,6 e 1,9 pontos percentuais respectivamente.

Pernambuco (18,8%) e Alagoas (17,8%) registraram as maiores taxas de desocupação no 2º trimestre 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Em Pernambuco, a taxa passou de 17,1% para 18,8%; e em Alagoas, de 17,5% para 17,8%. As menores taxas de desocupação foram registradas em Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%). Para o total do país, a taxa caiu de 13,7% para 13,0%, nesse período.

 

Unidades da Federação Taxa de desocupação(%) 
janeiro-março 2017 abril-junho 2017  
Pernambuco 17,1 18,8 
Alagoas 17,5 17,8 
Bahia 18,6 17,5 
Amapá 18,5 17,1 
Rio de Janeiro 14,5 15,6 
Rio Grande do Norte 16,3 15,6 
Amazonas 17,7 15,5 
Acre 15,9 14,9 
Maranhão 15 14,6 
Sergipe 16,1 14,1 
Piauí 12,6 13,5 
São Paulo 14,2 13,5 
Espírito Santo 14,4 13,4 
Ceará 14,3 13,2 
Distrito Federal 14,1 13,1 
Minas Gerais 13,7 12,2 
Tocantins 12,6 11,7 
Paraíba 13,2 11,4 
Pará 13,8 11,4 
Goiás 12,7 11 
Roraima 10,3 10,8 
Rondônia 8 8,9 
Mato Grosso do Sul 9,8 8,9 
Paraná 10,3 8,9 
Mato Grosso 10,5 8,6 
Rio Grande do Sul 9,1 8,4 
Santa Catarina 7,9 7,5 
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua mensal  

No 2º trimestre de 2017 (abril-junho), a taxa foi estimada em 11,5% para os homens e 14,9% para as mulheres. Lembrando que a taxa total para este período ficou em 13,0%.

Por faixa de idade, a taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade (27,3%) continuou apresentando patamar elevado em relação à taxa média total (13,0%).

A taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto, 21,8%, era superior à verificada para os demais níveis de instrução. Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 14,0%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo, 6,4%.

 

Taxa de desocupação de brancos é inferior a de pretos e pardos

A taxa de desocupação desagregada por cor ou raça continuou mostrando que entre as pessoas que se declararam brancos (10,3%) ficou abaixo da média nacional, porém a dos pretos (15,8%) e dos pardos (15,1%) ficou 3,8 e 3,1 pp acima, respectivamente. No 2º trimestre de 2012, quando a taxa média foi estimada em 7,5%, a dos pretos correspondia a 9,5%; a dos pardos a 8,7% e a dos brancos era 6,2%.

Há mais mulheres (50,8%) do que homens na população desocupada

Diferente do que foi observado para as pessoas ocupadas, o percentual de mulheres (50,8%) na população desocupada foi superior ao de homens (49,2%), no 2º trimestre de 2017.

Em quase todas as regiões, o percentual de mulheres na população desocupada era superior ao de homens, com exceção do Nordeste, na qual este percentual representava 48,2%. Na região Sul, o percentual das mulheres foi o maior, elas representavam 53,0% das pessoas desocupadas.

No 2º trimestre de 2017, o grupo de 14 a 17 anos de idade representava 8,5% das pessoas desocupadas do País. Os jovens de 18 a 24 anos eram cerca de 32,0% das pessoas desocupadas. A maior parcela era representada pelos adultos de 25 a 39 anos de idade (35,1%).

 

Quanto ao nível de instrução, no 2º trimestre de 2017, 52,1% das pessoas desocupadas tinham concluído pelo menos o ensino médio. Cerca de 25,3% não tinham concluído o ensino fundamental. Aquelas com nível superior completo representavam 8,5%. Importante destacar que estes resultados não se alteraram significativamente ao longo da série histórica disponível.

Homens (56,6%) representavam maior percentual de ocupados

 Entre as pessoas ocupadas, verificou-se a predominância de homens (56,6%). Este fato foi confirmado em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam 60,4% dos trabalhadores, no 2º trimestre de 2017. Ao longo da série histórica da pesquisa, este quadro não se alterou significativamente em nenhuma região.

A análise do contingente de ocupados no 2º trimestre de 2017, por grupos de idade, mostrou que: 12,8% deles eram jovens (18 a 24 anos), que os adultos (25 a 39 anos e 40 a 59 anos de idade) representavam 78,2% e que os idosos correspondiam a 7,4%.

O contingente dos ocupados, formado por 88,9 milhões de pessoas, era composto no 2º trimestre de 2017 por 41,5 milhões que se declararam de cor branca (46,0%); 39,9 milhões de cor parda (44,3%) e 8,0 milhões de cor preta (8,8%). No 2º trimestre de 2012, a população que se declarou branca representava 48,5% da população total; a parda 43,2% e a preta 7,6%.

Percentual de pessoas que trabalham por conta própria no Norte (31,8%) e Nordeste (29,8%) é superior ao das demais regiões

No 2º trimestre de 2017, a população ocupada era composta por 68,0% de empregados, 4,6% de empregadores, 24,9% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,4% de trabalhadores familiares auxiliares. Ao longo da série histórica da pesquisa essa composição não se alterou significativamente.

A pesquisa apontou diferenças regionais com relação à forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho. Nas regiões Norte (31,8%) e Nordeste (29,8%), o percentual de pessoas que trabalharam por conta própria era superior ao observado nas demais regiões. Em contrapartida, na categoria dos empregados foi constatado que as regiões Sudeste (71,9%) e Centro-Oeste (69,9%) apresentaram participação maior destes trabalhadores.

Parte expressiva dos empregados estava alocada no setor privado (71,6%), 18,4% no setor público e os demais no serviço doméstico (9,9%).  

Rendimento médio dos trabalhadores ficou estável no 2º tri em relação ao 1º tri

No 2º trimestre de 2017, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.014. Este resultado apresentou estabilidade tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.125) e elevação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.043).

Na comparação entre as regiões, do 1º trimestre de 2017 para o 2º trimestre de 2017, ocorreu variação positiva no rendimento no Norte (0,5%) enquanto nas demais o quadro foi de queda. O maior rendimento era na região Centro-oeste (R$ 2.362) e a menor era no Nordeste (R$ 1.617).

Tabela 9 - Rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de
14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-2017

Grandes Regiões Rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade (R$)
2012 2013 2014 2015 2016 2017
1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim. 2º Trim.
Brasil 2.019 2.022 2.040 2.032 2.063 2.097 2.117 2.103 2.142 2.101 2.105 2.125 2.142 2.132 2.105 2.068 2.073 2.043 2.061 2.097 2.125 2.104
Norte 1.678 1.686 1.674 1.670 1.637 1.679 1.681 1.683 1.681 1.689 1.689 1.680 1.689 1.613 1.625 1.585 1.560 1.588 1.565 1.562 1.603 1.617
Nordeste 1.382 1.398 1.391 1.382 1.414 1.445 1.465 1.456 1.500 1.476 1.460 1.478 1.471 1.459 1.445 1.405 1.405 1.392 1.389 1.417 1.461 1.457
Sudeste 2.271 2.283 2.298 2.291 2.330 2.373 2.384 2.361 2.438 2.377 2.395 2.413 2.456 2.468 2.436 2.404 2.426 2.363 2.376 2.431 2.443 2.404
Sul 2.215 2.179 2.260 2.227 2.264 2.272 2.342 2.339 2.354 2.305 2.317 2.362 2.351 2.302 2.271 2.233 2.203 2.191 2.251 2.276 2.299 2.277
Centro-Oeste 2.435 2.372 2.398 2.422 2.418 2.445 2.458 2.500 2.402 2.401 2.392 2.407 2.413 2.406 2.382 2.317 2.307 2.308 2.339 2.330 2.370 2.362
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicícios Contínua.
Nota: O rendimento está deflacionado para o mês do meio do último trimestre de coleta divulgado.

 

 Massa de rendimento dos trabalhadores registra estabilidade no 2º trimestre

No 2º trimestre de 2017, a massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebidos por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimada em R$ 185,1 bilhões de reais, registrando estabilidade em relação ao trimestre anterior (R$ 184,2 bilhões). Na comparação com o 2º trimestre de 2016 (R$180,9 bilhões), esta estimativa também não apresentou variação estatisticamente significativa.

Regionalmente, a região Sudeste apresentou a maior massa de rendimento real ao longo da série histórica, tendo registrado 95.603 milhões de reais no 2º trimestre de 2017.

Na comparação com o 2º trimestre de 2017, nenhuma grande região apresentou variação significativa na massa de rendimento. Em relação ao 2º trimestre do ano anterior, todas as regiões registraram variação positiva, como pode ser avaliado na tabela anterior.

Taxa composta de subutilização da força de trabalho é de 23,8% no 2º trimestre

A taxa composta de subutilização da força de trabalho (subocupados por insuficiência de horas + desocupados + força de trabalho potencial sobre a força de trabalho) caiu de 24,1%, no 1º trimestre para 23,8% no 2º trimestre, com as maiores taxas verificadas no Nordeste (34,9%) e as menores na região Sul (14,7%). Piauí (38,6%), Bahia (37,9%) e Maranhão (37,7%) são as unidades da federação que apresentam as maiores taxas compostas de subutilização da força de trabalho. E os estados onde são observadas as menores taxas são Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (13,5%) e, Paraná (15,9%).