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Luz, transporte e alimentos causam primeira deflação em 11 anos

07/07/2017 09h00 | Atualizado em 31/07/2017 18h00

O IPCA, índice que mede a inflação para as famílias, registrou -0,23% em junho, o primeiro resultado negativo desde junho de 2006 (-0,21%) e a segunda menor taxa desde agosto de 1998, quando o índice foi de -0,51%.

A coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes, ressalta que “o que chama atenção é que os três grupos mais importantes para o orçamento doméstico tiveram queda, afetando as principais despesas da população: de se alimentar, morar e se transportar”.

As contas de energia elétrica, que em maio haviam subido 8,98%, puxando a elevação do índice de inflação a 0,31%, fizeram um movimento contrário em junho, com queda de -5,52%. Isso se deveu, principalmente, à passagem da bandeira vermelha para a verde, que significa uma redução de R$ 3,00 a cada 100 kWh consumidos.

Os combustíveis tiveram queda de -2,84%, levando o grupo de Transportes a -0,52%, com destaque para as duas reduções seguidas no preço da gasolina, autorizadas pela Petrobras, no final de maio e em junho, além da variação de -4,66% no litro do etanol.

Já os alimentos, que representam 26% do IPCA, tiveram queda de -0,50%, puxada pela alimentação em casa (-0,93%), com redução em todas as regiões pesquisadas. Itens importantes, como tomate, batata-inglesa e frutas, tiveram quedas significativas nos preços. Segundo Eulina Nunes, “essa baixa nos preços reflete os resultados positivos da safra e os efeitos da redução no poder aquisitivo da população, que levam o comércio a fazer ofertas e promoções”.

Texto: Eduardo Peret

Fotos: Licia Rubinstein / Photos.com / Sebástian Freire - Flickr

 

Atualizada em 7/7/2017 às 9h45