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Veículos automotores e metalurgia garantem IPP positivo (0,12%) em maio

28/06/2017 09h00 | Atualizado em 31/07/2017 18h01

Entre abril e maio de 2017, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) do IBGE, que mede a variação dos preços da indústria geral (extrativas e de transformação) sem impostos e fretes, variou 0,12%, após recuar 0,11% no mês anterior. No ano, os preços apresentam um leve recuo (-0,07%), mas em 12 meses acumulam aumento de 2,26%. Em relação a abril, os preços de 16 das 24 atividades industriais investigadas tiveram alta.

Alexandre Brandão, gerente de Análise e Metodologia do IBGE, destaca que, desde março, o IPP vem apresentando variações bem pequenas, para cima e para baixo. “Nesse mês de maio, o que garantiu que a variação ficasse positiva foram os setores de veículos automotores e metalurgia”, explicou.

A metalurgia apresentou variação de 0,29%, sétimo aumento consecutivo. Alexandre explica que o setor está recuperando os preços, após apresentar queda de 2015 até meados de 2016. 

Já o setor veículos automotores subiu 1,35%, décima variação positiva da atividade. Além disso, essa foi a maior variação observada desde janeiro de 2016, quando apresentou resultado de 2,13%. “Os veículos automotores têm um peso alto no IPP e fizeram com que os bens duráveis tivessem um aumento mais forte esse mês”, destacou Brandão.

Ainda pelo lado positivo, Alexandre destaca também o setor de refino de petróleo e produtos de álcool. “Todos os produtos derivados de petróleo aumentaram, de forma coerente com o aumento dos óleos brutos de petróleo. Apenas o álcool etílico não aumentou, pois estamos no período de safra da cana-de-açúcar”, complementou.

Já os destaques negativos vêm de indústrias extrativas e outros produtos químicos.  Com queda de -10,95%, os preços das indústrias extrativas foram puxados pelo minério de ferro, único produto que caiu. “Foi um recuo tão forte que fez com que o setor como um todo apresentasse queda de preços. Isso vem acontecendo no mercado internacional,  e o Brasil está acompanhando o movimento”, explica Alexandre.

Alexandre destacou que o setor de outros produtos químicos, com queda de 1,42%, também está seguindo o preço internacional. “O único produto que não apresentou queda foram os adubos, pois são importados e, com a depreciação do real, acabaram ficando mais caros”.

Texto: Irene Gomes

Foto: Steve Jurvetson / Flickr / https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/